A Oceania possui um território de aproximadamente 8,5 milhões de km² sendo que só a Austrália ocupa cerca de 96% do total. Podemos dizer que a Austrália é o único continente da Oceania, uma vez que o restante dela se constitui de inúmeras ilhas e fiordes. As ilhas agrupam-se em três conjuntos distintos: a Melanésia (“ilhas habitadas por negros”), a Micronésia (“pequenas ilhas”) e a Polinésia (“muitas ilhas”). A Austrália ocupa a maior parte do continente (86% da área total), com mais de 7 milhões de km². A Nova Zelândia é um arquipélago, com duas ilhas mais importantes: a do Norte e a do Sul, separadas pelo estreito de Cook. A Melanésia, a nordeste da Austrália, é o grupo de ilhas mais próximo desse país. A Micronésia é formada por pequenas ilhas, localizadas ao norte e a nordeste da Melanésia. Na Polinésia, as ilhas estão espalhadas pela área central do oceano Pacífico.
No relevo da Oceania observam-se quatro grandes unidades geomorfológicas: o escudo australiano, a geossinclinal da Tasmânia, os arcos melano-zelandeses e o próprio oceano Pacífico. Os territórios mais antigos são do escudo pré-cambriano, no oeste e no centro da Austrália. Os maciços de Hamersley, a noroeste, e de Kimberley, ao norte, bem como a região central de Alice Springs, são afloramentos desse escudo, que em outras áreas é recoberto por sedimentos de idades diversas, inclusive do período quaternário.
No lado oriental do escudo australiano encontra-se a geossinclinal da Tasmânia, onde estão as áreas mais elevadas da Austrália. O ponto culminante é o monte Kociusko, com 2.233m. A cerca de 300 km do mar encontram-se montanhas de altitude moderada que formam o divisor continental denominado Great Dividing Range (Grande Cadeia Divisória).
A terceira unidade é formada pelos arcos que se estendem da Nova Guiné à Nova Zelândia. São a continuação das guirlandas insulares da Ásia oriental e meridional, com as quais tem em comum a grande freqüência do vulcanismo atual ou passado, como é o caso da Nova Guiné, das ilhas Salomão, de Vanuatu e da Nova Zelândia. De um modo geral, o relevo se dispõe em alinhamentos paralelos a depressões, emersas na Nova Guiné e imersas em outras partes. Ao norte das ilhas Fiji há uma série de oito alinhamentos maiores, separados por depressões de 2.700 a 4.000m. Na Melanésia, os relevos emersos da Oceania são mais elevados e atingem cinco mil metros no pico Sukarno (Carstensz), na Nova Guiné Ocidental, que ostenta em pleno equador uma geleira. Os desdobramentos que originaram esses relevos são, em parte, recentes, e a orogênese ainda está se processando em algumas áreas, como a Nova Guiné.
A última unidade é o próprio oceano Pacífico, cuja profundidade vai de quatro mil a seis mil metros. É assísmico, ao contrário de sua região periférica, área de origem de terremotos, em que todas as terras emersas são vulcões de tipo basáltico ou ilhas coralíferas. A crosta terrestre é muito fina nesse ponto e tem cinco quilômetros de espessura, em comparação com a média de 33 km sob os continentes.
O relevo australiano pode ser dividido em três partes: - Cadeias montanhosas no leste (cordilheira Australiana ou Grande Cadeia Divisória), com o ponto mais alto do país, o Monte Kociusko (2.391 m).- Planalto Ocidental: terrenos cristalinos de baixas altitudes (600 m).- Planícies e depressões centrais, compostas ao norte pela Grande Bacia Artesiana, onde está o lago Eyre, e atravessadas pelos rios Murray e Darling, os mais importantes da Austrália.
A Nova Zelândia possui um relevo mais baixo na Ilha do Norte (monte Egmont, com 2.518 m, e vulcão Ruapehu, com 2.796 m). Na Ilha do Sul, os Alpes Neozelandeses destacam-se com altitudes superiores a 3 mil metros, incluindo o ponto mais alto do país, o monte Cook (3.784 m). As pequenas ilhas da Oceania são formadas por acumulação de corais ou têm origem vulcânica, fazendo parte do Círculo de Fogo do Pacífico.
A maior parte da Oceania está na zona intertropical. A metade sul da Austrália, assim como a Tasmânia e a Nova Zelândia, estão situadas abaixo do trópico de Capricórnio e, portanto, apresentam um clima mais moderado, oceânico, em que as variações térmicas são muito pouco acentuadas.Devido a seu caráter maciço, a Austrália apresenta um clima de maiores contrastes térmicos. No centro, em Alice Springs, as temperaturas médias mensais variam de 12o a 28o C. No litoral sul da Austrália, o inverno é muito moderado, e só a Tasmânia é bem mais fria no inverno, com temperatura de até 7o C em Hobart em julho. As precipitações são freqüentemente mais abundantes que na maioria dos países tropicais úmidos, embora haja também regiões secas, como a Austrália central, a dorsal seca do Pacífico equatorial, em cujo centro estão as ilhas Phoenix, e algumas pequenas zonas mais secas da Melanésia.
Como resultado da distribuição das temperaturas e precipitações, há na Oceania uma zona de clima tropical quente e úmido, mas moderado pela grande influência do mar, que abrange as ilhas de Nova Guiné, Melanésia, Micronésia e Polinésia e o litoral norte e nordeste da Austrália. Além disso, há uma zona árida no centro da Austrália; um clima temperado e úmido e de invernos moderados, no sudeste da Austrália e Nova Zelândia; e finalmente um clima mediterrâneo, de chuvas de inverno e verão seco, limitado ao litoral sul e sudoeste da Austrália.
O território australiano é em grande parte desértico e o país só tem dois grandes rios: o Murray e seu afluente Darling, ambos no sudeste. No restante da Oceania, só as maiores ilhas têm rios de tamanho considerável, como o Waikato, na Nova Zelândia, o Derwent, na Tasmânia, e o Fly, na Nova Guiné.